História

Apesar de, no século XIV, surgirem as primeiras regulamentações destinadas aos cartórios municipais, crê-se que os mesmos tenham surgido por volta do século XIII.

Embora, no Arquivo Municipal de Santa Maria da Feira, não exista documentação anterior ao século XVI, é certo que a mesma já existiria, pois já havia, à época, a obrigatoriedade legal de a Câmara possuir uma arca para o foral da vila, o tombo dos bens do Concelho, as provisões de mercês e outras graças que lhe fossem concedidas, títulos, escrituras e outros quaisquer documentos de regalias do Concelho, ficando a restante documentação, os livros de conferências e todos os mais em que se registavam quotidianamente os atos judiciais e administrativos, sob a responsabilidade do Escrivão da Câmara, pois desses por sua obrigação e juramento era obrigado a dar conta e a passar certidões às partes.

A primeira seleção e organização de documentação de valor histórico, cerca de 450 volumes provenientes do arquivo geral da Câmara, foi efetuada pelo Dr. Henrique Vaz Ferreira, entre 1938 e 1940, com o intuito de engrandecer o acervo documental da biblioteca-museu, então instalada na antiga rua de Rolães, criando assim um serviço especializado para facultar o acesso ao acervo histórico do Município.

Entre os anos 40 e 90, do século XX, foram efetuadas várias incorporações de documentações, neste acervo, provenientes da Repartição de Finanças de Aveiro e do Arquivo Geral da Câmara.

No ano de 1992, técnicos nomeados pelo Arquivo Distrital de Aveiro, por delegação do Arquivo Nacional da Torre do Tombo, realizaram, no âmbito do programa de Inventariação do Património Cultura Móvel, um breve recenseamento da documentação do acervo histórico do Município referindo que, apesar da documentação perdida ou destruída […] era notável ter-se conservado tanto e tão variado material fazendo com que este arquivo fosse um dos mais ricos do distrito.

Nos anos de 2012 e 2013, no âmbito do projeto de organização do acervo histórico do Arquivo Municipal, foi promovido um estudo retrospetivo ao sistema de informação da Câmara Municipal (1514-1972) criando-se um instrumento base de suporte à organização e descrição da documentação, em conformidade com a evolução da estrutura orgânico-funcional da instituição e tendo em conta o princípio da proveniência.

Para dotar o arquivo municipal de uma infraestrutura técnica e tecnológica de suporte às atividades, em 2017, iniciou-se o processo de aquisição de software e hardware que permitiu, já em 2018, iniciar a produção da base de dados de descrição de documentos de arquivo e repositório digital de preservação para acesso às imagens associadas.

Em dezembro de 2019 deram-se início às obras de reabilitação e ampliação do edifício do Arquivo Municipal dotando o serviço de infraestruturas própria de suporte às suas atividades de gestão de documentos, preservação da memória e acesso à informação.

 

 

Voltar